A disputa para o Piratini, três partidos e Santa Maria

O calendário político é diferente da “folhinha” normal. E pode ser bastante cruel, para quem não se adeque a ele. Se a eleição ocorre dentro de pouco mais de 10 meses, e as convenções oficializadoras das candidaturas a oito, o fato é que, na prática, isso significa estar ali na esquina. E, portanto, as definições precisam acontecer o quanto antes, senão já.


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É nesse contexto que se inserem as discussões que se dão na centro-esquerda gaúcha, mais exatamente no PDT, no MDB e no PT, partidos que se pretendem protagonistas no pleito de outubro de 2026, para o Palácio Piratini. Em nenhum deles, aliás, a situação está mansa, que se diga. A seguir, um resuminho de a quantas andam os integrantes do trio.


A neta de Brizola

No PDT, que se afirmava até pouco tempo atrás um coadjuvante de luxo, cujo apoio era alvo da cobiça do MDB e do PT, com Juliana Brizola, a neta do Doutor Leonel, incluída como pré-candidata, mas na prática pretendente a uma cadeira de deputada, teve a vida e o destino político modificados pelas pesquisas eleitorais.


Levantamentos sequentes que a colocam, no mínimo, entre os três primeiros, levaram à suspeita que pode concorrer ao Piratini. Ao ponto de, no último sábado, ter declarado que “só concorre ao governo”. Nada de Câmara ou Senado. Ok, ok, ok. Mas isso só se concretizará com aliança forte (ao centro ou à esquerda). Sem isso...


O nome do governo

No próximo sábado, um congresso estadual, na Capital, oficializa a pré-candidatura de Gabriel Souza, do MDB, ao Palácio Piratini. Estalidos no barco governista, a partir das palavras do fiador do vice, Eduardo Leite, insinuando que poderia haver mudanças, aparentemente foram superados.

 
Mas o vice-governador ainda precisa (e aí é ele, ninguém mais) aparar arestas para manter o apoio do Republicanos e do PP, principais consorciados na nau do governo, além de tentar manter o PDT de Juliana ao seu lado. Não será tarefa fácil, mas o pontapé inicial será dado no encontro do dia 29, com a consolidação de Gabriel no MDB.


A ronha petista

O terceiro integrante do triângulo da centro-esquerda é o PT. E o partido de Lula, no Rio Grande, tem problema distinto dos demais. A sua bronca é na vaga ao Senado, de vez que para o governo do Estado, Edegar Pretto é o candidato confirmado, assim como Manuela D’Ávila, a caminho do PSol, concorre a uma das cadeiras da Câmara Alta.


Mas há algo a ser resolvido até domingo, dia 30, quando acontece Congresso do PT/RS em Porto Alegre. Parecia tudo pacificado, com Paulo Pimenta indo para a disputa senatorial, de vez que o titular Paulo Paim havia dito que se aposentadoria. Mas, aparentemente, se desaposentou. E agora? Com consequências em Santa Maria (confira na seção Luneta), o deputado federal pode concorrer à reeleição.


Esse é o cenário, resumidamente, hoje. Pode mudar semana que vem. Sempre pode. Afinal, é de política que se está a falar.

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Claudemir Pereira

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